terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

FINGIDA

Sendo tarde e tardando teu sono tranqüilo
Percebes que me encontra em tua cama
Tua prece e teus ouvidos
Fecha os olhos pra escapar de um pensamento furtivo
Que escorre dos teus olhos e ganha a rua
Pra procurar-me e saber se eu ainda estou vivo

Mas se encolhe na educação internada
E engole o meu nome soluço a soluço
Depois no dia seguinte passeia pela rua
Escolhe as bobagens nas vitrines
Pra fingir ao mundo que é tua
E tua e somente tua
A alegria que morava em teu peito
Mas que agora perambula comigo

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

ENFIM ADEUS

Tá bem
Não abra a porta
Não queira ouvir de mim
Que foi a madrugada quem teimou em me segurar

Afora
Eu fui sorriso
Eu fui uma voz
Eu fui embora de nós dois
Depois de tanto tempo sem saber de mim

Tá bem
Tá bem
Desta vez na quarta-feira a gente não vai se abraçar

Meu bem
Não abra a porta
Não espere um jeito
Pra gente misturar nossos tantos defeitos... Pra quê?

Afora
Eu fui cativo
Eu fui alívio
Eu fui meu pai e meu filho
Eu fui um rei mendigo
Sorrindo, sorrindo, sorrindo... sorrin

Tá bem
Pra quê?
Teu cinto forte em meu peito doeu
Mas passou