quinta-feira, 21 de outubro de 2010

TOLICE

Ali na curva
Onde a ciranda da cabeça cantarolava
Girava tirando do meu peito com tua mão delicada mas justa
Cada passo atrás de minhas costas que hoje desenham a cama em que me deito

Ali comigo
Onde ontem do incerto eu duvidava
Tombava agora qualquer certeza que na lágrima fora forjada
E num compasso um riso novo floria de luz todo o jardim da minha mesma cara

E fique surpresa
Numa forte simplicidade exata
Neste secreto conforto eu não teria porque te esconder
Mesmo depois do teu murro na boca do estômago dos meus sonhos
Eu sou ainda capaz de dizer-te: Te amo... mesmo que tua tolice queira te levar embora.