Eu fecho os olhos pra te alcançar de novo
Meu rosto é triste mas ainda cheio de esperança
Meus dedos não te tocam
Mas em meu peito tua leveza e teu cheiro de risada
Minha voz sem ritmo e também sem desespero
Entro por essa porta e àquelas tardes estou de volta
Na mesma casa as paredes rabiscadas
E finalmente minha alma se joga na sua loucura preferida
Ainda volto
Eu apenas fecho os olhos
Ainda volto pra perder toda essa tralha
Sempre e sempre mais leve
Até soltar minhas amarras
Eu fecho os olhos e teu sino chama alto
Meu rosto é moço mas já fechado feito um forte
Em minha boca o silêncio é o que se nota
Mas em meu peito as palavras nascem cheias de força
Numa mesa daquela velha e perdida escola
Meu nome escrito com uma dor ainda fresca
Minha alma... apenas uma ambição...
O papel... o rio tórrido que ainda descreve a minha estrada