segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

PAPEL DE OITENTA E OITO

E depois de ser comportado
Um gosto de velório na boca
O silêncio incomodado pelo excesso de gente enterrada nesse peito

Recado em papel de oitenta e oito
Enrugado de serpentear as rosas fechadas daquela madrugada

Vamos sorrir a modernidade
Com a visita ao dentista em dia
Esconder o rosto
E vestir outro com a palidez da estação

_É você quem define o que vai comprar
_É você quem define o que vai comprar, mas compre alguma coisa!

E depois de ser deportado
Da mesa caduca do boteco
O silêncio veio enfim me perdoar
E este peito pôs-se àquela gente toda ressuscitar

Agora há um riso lá fora a flutuar
E eu não estou aqui

2 comentários:

Anônimo disse...

to gostando pacas desse boteco!!!

Anônimo disse...

Obrigado, Ju!