E depois de ser comportado
Um gosto de velório na boca
O silêncio incomodado pelo excesso de gente enterrada nesse peito
Recado em papel de oitenta e oito
Enrugado de serpentear as rosas fechadas daquela madrugada
Vamos sorrir a modernidade
Com a visita ao dentista em dia
Esconder o rosto
E vestir outro com a palidez da estação
_É você quem define o que vai comprar
_É você quem define o que vai comprar, mas compre alguma coisa!
E depois de ser deportado
Da mesa caduca do boteco
O silêncio veio enfim me perdoar
E este peito pôs-se àquela gente toda ressuscitar
Agora há um riso lá fora a flutuar
E eu não estou aqui
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
PAPEL DE OITENTA E OITO
Postado por Beto Renzo às 17:05
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2 comentários:
to gostando pacas desse boteco!!!
Obrigado, Ju!
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