Faço agora sem adorno nos gestos
Do quente do café que toca a boca
O calor trocado
O canto lacrado
Dos loucos que percorrem soltos
A madrugada que os arranca da forca
E assim passa o mundo
Esse cinema no olhar
O coração grita no fundo
A quietude do mar
O rosto rijo na fila
A dor contida dentro do terno
O vazio do que a TV fala
As línguas de inverno
A paciência da flor
A timidez de um amor
Que passeia dentro da gente
Sem a chave da porta que mantemos fechada
Faço agora sem cores de fogo
Da imensidão deste meu peito
Um olhar desperto
Um quarto secreto
Onde se estende sem fôlego
A fotografia do meu afeto
E assim muda o mundo
Esse pincel no olhar
O amor dorme no fundo
A paciência do mar
E lá se vão as montanhas
Em grão de areia se transformar
Fica então a saudade sem relógio
Que não sabe que já passou da hora de se calar
quarta-feira, 3 de junho de 2009
O TEMPO QUE LEVA PRA ISSO
Postado por Beto Renzo às 18:37
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