E se na esquina do bairro
Eu fosse uma buzina de luz
Eu fosse a meretriz e fosse o perdão
O riso destrancado e vivo
A ferrugem a comer o cadeado
O coração arremessado pela janela
Caíndo no colo dessa coisa bela que uns chamam de abuso
E minha falta de sono chama de liberdade
E se no escombro de mim
Eu fosse a vontade de muitos
Eu fosse a ruptura e a comunhão
O brilho refeito nos olhos
A frase com cheiro de sábado
O amor que eu pego e eu largo no raso
Pois ainda não vejo o fim do meu fundo
3 comentários:
Toda vez, que nas tuas entrelinhas, você diz alguma coisa,sempre é tão profunda que cada vez que leio,descubro algo inusitado.
Te amo!
Lindo demais!
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