Havia uma janela
O meu reflexo tristonho
O choro bobo
Porra, há um buraco nessa lágrima
De onde escorre a minha alma
De onde cai a alegria que ponho de castigo
De onde eu me nego pra quem talvez me ame
E assim, talvez
Talvez o medo
Talvez o resto do barato
Do rolé na minha velha bicicleta
Da ressaca da década de oitenta
Talvez só a falta de saco pras bobagens importantes
Mas desta merda vem o discurso
Vem o aerosol colorido nos olhos abobalhados
Qualquer besteirol cuspido numa novela
É osso
É o poço onde se atola essa gente toda
Quando choro sou um pobre solitário
Quando rio sou um cachorro filho da puta
Eita mundinho que só curte um curta
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