De noite fitei o mundo com meus olhos de água ardente
Meu sorriso confidente tatuado pelo salão
Eu era amplo e só então
Eu era só minha contramão
De manhã fitei o mundo com meus olhos de água tônica
Minha sombra lacônica derramada sobre o chão
Eu era pleno e só então
Eu era enfim o meu perdão
Criança, minha criança
Me tire os pés do chão
Me faz morrer pro mundo
Morrer de ti
De rir tão fundo até chorar
De uma paz ao se calar
Feito quando eu vi o mar pela primeira vez
Quando perdi o sono pela primeira vez
Quem é que sabe de mim pra me julgar?
Quem é que são vocês?
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