quarta-feira, 27 de junho de 2018

Anedota pra sair de fininho

Diluído num minuto cansado
A porta do mundo fechada
É só o meu peito
É só no meu peito

Num segredo que sopra o vento
A educação que foi treinada
E tudo tão feio
E tudo tão feito pra durar só o tempo da foto

Que pecado eu fui cometer quando tive medo
Jogar os olhos por cima do muro
Assumir a guerra interior
E ao abrir de novo os olhos
Ver o corpo apartado da órbita deste mundo

Vou com calma ser absurdo
Vou com calma ser o chato em silêncio no canto da festa

É o que resta posto que o mesmo vinho já não me deixa mais bobo
O mesmo vinho já não me torna irmão dos vampiros sem rumo

Eu não posso fugir e nem quero
Já não tenho casa no mundo
Meu telhado é aqui dentro

Diluído num segundo cansado
O sono é o privilégio que eu não tenho
É só o meu peito

É no meu peito o lugar que ainda não compreendo

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