Sem cadeados para os meu olhos hoje
Sem tempo para inventar minha culpaQue seja sempre feito um começo
A janela nova
O dia novo
Novo mundo
Nova aurora
Novo planeta
Que seja sempre esse meu único possível sentimento
O universo todo o quintal de minha casa
Fracasso com a ditadura das almas
Fracasso no sermão hipócrita de quem não tem marcas
Não tem os joelhos machucados por não se arriscar fora da fria segurança
Falsa segurança dos sempre certos
Dos corações enferrujados que vivem agarrados ao peito de seus donos
Quando na verdade seriam livres se ardessem bêbados nas mãos de outra pessoa
E que o mundo me ouça
Há tempos deixei o meu nas mãos daquela moça