Entregue ao silêncio da casa
Você para as coisas à sua volta
O que jaz cativa hoje você solta
Arranca do peito aquela coisa
Entregue ao silêncio da casa
A tosse que rasga o escuro
A memória que derruba aquele muro
Os olhos onde tua saudade vaza
A voz não chega hoje... e ambos sabem
A mão não afaga hoje... e ambos sabem
Não há corpos sob as cobertas
Não há palavras sacanas
Só lembrança
Livre nesse trampolim onde na noite o teu olhar foge
Enquanto o mundo pergunta por você do lado de fora