quinta-feira, 2 de junho de 2011

UMA PRECE NO SILÊNCIO

Quando não te cabes aí dentro
Latente do fermento do universo
O sal do mar na narina
O ar puxado com calma
O sol de uma manhã serena
Perdida nas páginas do livro destes olhos

Quando não te cabes aí dentro
É que te aprontam mesquinhos desaforos
Os dedos rijos mirando teu rosto
O discurso do velho... do mesmo

O que sabem eles dentro de seus aquários?
O que sabem eles do teu oceano de sentimentos?
Tuas saudades abissais
Tua insistência diante da rocha
Corações de pedra
Emoções de vento

Quando não te cabes aí dentro
É que te cospem as cobras todo o veneno
Então aí é que tens que ter tua calma
Tua ciência desse escancarado segredo
Teu ouvido para o sussurro do tempo

Força
Força é o teu pensamento

2 comentários:

Monstrinha disse...

Que lindo! Me identifiquei com cada paavra!!
O difícil é ter calma pra não partir pra grosseria com os donos dos dedos rijos e não cair na porrada com as cobras!
=D

Beto Renzo disse...

É... manter a calma é realmente um exercício. :-)