Eu sempre andei quieto
Eu sempre me achei solto quando trovejava
E aquela gente toda da chuva se escondia
Qualquer santo me olhava e já sabia
Que eu nem lá estava?
Eu nem lá vivia
Quão enorme foi então a tua teimosia em me buscar
Em me querer
Em me jurar o que hoje não se jura por aí todo dia
Como é rezar?
Eu sempre fiquei na minha
Eu sempre guardava no meio dia a luz da lua
A luz da lua
A vontade nua em mim
Sem a mentira que conta essa puta chamada Apatia
E hoje quem vem me buscar?
Quem vai me levar?
Pra lá
Pra lá
Pra onde onde a solidão já me conhecia