terça-feira, 6 de maio de 2014

Mãe

Olhei fundo as vidas no teu olhar
Fui por aí querendo te imitar
E fui trancado como um dos teus loucos
Quando não jurei a reza dos santos ocos


Lavei meus olhos com o meu choro
Guardei meu sono de tanto apuro
E me alimentastes também com abandono
Pra que eu pudesse ser então o meu dono


Não entendo tua letra
Nem entendo teu rosto
Se é sorriso
Se é careta
Na sarjeta do meu ser
Quando sou filho de algum sonho teu
Quando sou a alma que você me deu


Não entendo teus bilhetes
Nem entendo teu silêncio fundo
Mas eu sei dos teus olhos que me seguem quando estou solto pelo mundo

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