quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Solidão Número 42

E quando caio dentro de mim
Não há nada que me ofenda
Não há pedra que me acerte
Não força que me prenda


E quando tombo dentro de mim
Não há luta a ser vencida
Não há inimigo a ser batido
Não há intriga a ser exposta


A velha casa que o tempo não matou
O sol que bronzeava meus fantasmas
Os tijolos que meus pés escalaram
Quando ainda eram bem pequenos…


Uma hora dessas eu te levo pra dar uma volta por aí


E quando acordo dentro de mim
Não há mão que tape a boca
Não há dor que seja voraz
Não há medo ao atravessar a ponte


E quando durmo dentro de mim
Um agrado a todos vocês
Que passeia com o vento… solto por aí
Pedacinhos meus…
Átomos meus… por aí

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom, grande poeta Beto!
Euro Oscar