Eu me guardo
E te guardo uma estória
A insônia da parede que te devora
A fenda risonha
Onde escapamos livres para a noite
Para o sol noturno
Para a pluralidade da rua soturna
Deserta mas jamais absurda
Eu me guardo
E te guardo numa história
A bebedeira inapta que nos espera na curva
O coração intacto
Pronto pra ser esmurrado por quem ele guarda
Pois tudo é antigo
Pois tudo hoje é novo e tem pressa
Aprender tudo é uma festa
Eu me guardo
E te guardo noutra história
Não dá mais pra moer aquelas noites agora
Até a saudade já foi embora
Eu me guardo
Eu te guardo
Pra toda hora
“Venha ver como dão mel as abelhas do céu”...
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