Triste… você é triste
Nem adianta desconversar
Triste…
Teu olhar triste desmancha o riso que você dá
Ali na sombra da tua esquina
Na pedra fria
Onde a garoa vem descansar
Ali na chuva
Na assombração da arquibancada do Pacaembu
Vem, vem, vem no meu peito se deitar
E assim me faz chorar
Triste… você tá triste
Há uma montanha no teu pisar
Triste
Teus carros tristes brilham os olhos no mesmo lugar
Ali na tua boa educação
No gesto contido
Onde o palavrão foi estrangulado
Ali na turma
Na consciência turva…
Os zumbis, os zumbis, os zumbis sem alma
Vem, vem
Vem no meu peito se deitar
Vem e me diz:
Por que eu não consigo te abandonar?
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