sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Esvaziando a Bagagem

 Você pensa que vê sangue

Pensa que é lágrima

Confunde com fraqueza quando em mim explode a minha alma


Nesta cidade de gente morta eu passeio pra não ser notado

Eu permaneço firme em minha dor

E em minha alegria silenciosamente gigante


Quantas flores minhas já morreram na tua boca?

Teu hálito ácido engravatado

E isso importa?

Eu jamais me canso de plantar

Por aí… no amor que dou em segredo

Alimento com partes de mim...

Com partes do meu infinito coração… mordiscado e sempre inteiro


Posso aguentar todos os murros de quem tem medo do que represento

Pois enquanto eles correm para os seus guarda-chuvas

Eu beijo cada gota sagrada

Molho a minha cara nesse óbvio segredo


Escolho morrer sem ter os olhos para a vitrine

Mas para a próxima estrada

A que preparo agora esvaziando a bagagem

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