domingo, 22 de novembro de 2009

SINCERIDADE

Não tenho nada de especial. Nenhum dom que me faça brilhar no meio da escuridão.
Só tenho insônia. Não durmo... não me sinto confortável pra dormir no tempo de todo o mundo.
Não tenho fórmulas matemáticas para a juventude. Não tenho os segredos deste planeta... nem sei como viajar através do universo.
Sou um nômade dentro de mim mesmo. Vago de ponto a ponto da minha alma... sem a certeza de que ela me pertence... sem entender ao certo o que é a alma.
Não sei ao certo quem eu sou. Não consigo prever o futuro das pessoas.
Não sei os números da mega-sena.
Não sei cozinhar para demais pessoas.
Não sei do amor. Desse não sei mesmo.
Só sei disso...
Quando as linhas se arrumam e me arrumam.
Quando a hora esquece de mim.
Quando a vida é preto no branco... eu me alavanco e parto daqui... parto de mim... da minha estupidez... da minha mediocridade.

4 comentários:

Átila Goyaz disse...

Teu poema me fez lembrar de uma música do Kid abelha "Nada sei"

muito bom cara !

Luana Bonone disse...

Muito bom, jovem!
Grande Taguaritinga, revelando talentos! rsrs
Virei fã agora, viu? Vou acompanhando sua produção aí... continue que está muito bom!
Saudações líricas!
Luana Bonone

Um devaneio disse...

nômade dentro de mim
.
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isso me soa tão solitário!..mas incrivelmente familiar.
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Mas linearidade não me parece algo que atraia vc!
xero.

Beto Renzo disse...

É solitário sim... mas existem coisas boas na solidão. Ela abre as cortinas que a gente não vê no meio do barulho.
E você tem razão! Eu não sou linear... ou sou? Depende do dia... sei lá.