sexta-feira, 30 de abril de 2010

ME DEIXE

Não passe a tempo de me guardar da chuva enquanto sol
Do frio enquanto calor
Do jeito falso indiferente com que cruzo as pessoas na rua

Pode ser esse brilho em mim a tua assinatura?

Não passe a tempo de me salvar da solidão enquanto escola
Do silêncio enquanto música
Da chama dura que se guarda pra aquecer a tua vida

Pode ser esse brilho em mim a tua assinatura?

Não passe a tempo de me salvar do choro enquanto vida
Da saudade enquanto aceite
Do que foi a minha vida ali há pouco... ainda meu maior tesouro

Nem se preocupe com o que se ocupa em tentar me cercar
São fios de vozes caquéticos
Assombros capengas
Fantasmas farrapos de uma raiva covarde que jamais me assusta

Pra você, mesmo que reste um nunca à nossas mãos noutra hora juntas
O meu profundo Amor, meu Bem

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