Rasgo o meu céu
O esbarro, o estrondo e a febre
Os meus anjos desandam a despencar por aí
O monstro e réu
A canalha, a mentira e o martelo
A minha alma sorrindo a morrer livre assim
Quando enfim num descuido
Teu juízo desprovido de balas
Casamata do teu peito escancarada pra mim
Não serei um ladrão dos teus sentidos
Serei teu cão de guarda
Vigia disso que eu acho tão bonito
Rasgo a cartilha
A vingança, a desculpa e a mágoa
Essas coisas que eu afogo em minha lata de lixo
Um bicho do mundo
A insônia, o silêncio e o descaso
A minha voz sem vergonha trepando nos teus ouvidos
Quando assim num cochilo
Tua desculpa sem chão
Muralha do teu desejo de pernas abertas pra mim
Não seria um cigarro precoce de fogo
Serei teu puto escravo
Até que me encontre nos segundos onde o mundo se perde da nossa vista
Logo ali, logo ali
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