quarta-feira, 11 de maio de 2016

O niilista

Não, hoje não
Não me fale do que há pra comprar
Da potência ou de quanto irá brilhar
Não me olhe através das coisas
Você fica tão feia… tão igual

Não aplauda o discurso bobo de bar
O abuso de quem pode pagar
Não me diga que é preciso aguentar
Você fica tão feia… e eu vou

Me conta
Quem segura a tua onda quando a farra acaba?
Quem conta a tua história quando você se cala?
E o tempo nos olha da esquina

Não, hoje não
Não me venda as tuas bugigangas
Tua ferrugem pra olhar as pessoas
Não me pese através das coisas
Você fica tão feia… tão igual

Não repita meu nome em tua cama
Minha culpa quando você não ama
Não me implore a tua tosca fama
Você fica tão feia… e eu vou

Me conta, me conta
Quem ainda apronta no céu?
Tua carteira ou as estrelas?

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