Vamos ficar só num aperto de mãos
E dominar o nosso peito
Adestrar qualquer sentimento que combata a calculadora
Vamos recolher o riso
Vamos odiar com uma boa educação
E afogar o perdão
Assassinar a ponderação que desafia o gráfico percentual
Vamos desmaiar num susto fingido
Numa lágrima registrada
Enquanto no infinito deserto lucrativo
Dormem os ossos dos nossos irmãos
Vamos comprar o discurso
Vamos ficar calados no meio do pranto
Pois haverá o espólio podre
Haverá o hálito de ferrugem das hienas da corporação
Vamos desmaiar num susto tingido
Numa repulsa ensaiada
Enquanto limpamos dos nossos dentes
Os sonhos mortos dos nossos irmãos
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