segunda-feira, 30 de março de 2009

SALTO ALTO


Posso até ser estranho à tua comportada apatia
Uma chuva e a tua sala
A solidão esfarelada e úmida da qual tenta se proteger
Mas é onde estou

Posso até passar por desafortunado para você
A lua e teu secreto quintal
Onde fui eu quem te ensinou a passear
Pra chorar às vezes algo bom

E quando a música quebrar
Quando a música quebrar o teu salto alto
É que estou por aí
E você quer saber

Posso até passar por um melancólico sem razão
Uma noite e a tua casa
A solidão cheia de fome batendo à sua porta
Pra onde você vai correr?

E quando a música tirar
Quando a música tirar o teu salto alto
É que estou por aí
E você quer saber de mim

Uma chuva
Tua casa
A lua e teu secreto quintal
Esta noite e a tua casa

Pra onde nós vamos correr?

Então até parece que eu esqueci você
Uma manhã e o teu rosto
O tempo doído em fila depois da pílula anestésica
Mas a música está aqui
E é onde estou

2 comentários:

ju mancin disse...

acho q os saltos-altos [preciso me lembrar de perguntar pro zé como diz isso no plural...] hoje em dia, são feito de adamantium...

ta vivo, amigo?

Beto Renzo disse...

Humm... ultimamente?