Deite teus olhos sobre a cidade
Da janela que te abre pra mim
Essa tua negada verdade
Essa ladainha que não tem mais fim
Quanto vale aquele papel?
Quanto vale o automóvel que vai?
O branco bordado de um véu
A solidão com gelo num hi-fi
O que sonha a alma e a gente não vê?
Quanto vale as bobas rimas que faço pra você?
Deite teus olhos sobre meu coração
Toda senhora em sua torre de cristal
Meu nome feito tua oração
Minha falta feito teu maior mal
Quanta foi aquele anel?
Quanto foi a lamborghini?
O mundo todo seu
O vazio e um dry martini
O que sonha a alma e a gente nem vê?
Quanto vale o pedaço meu que eu dou de graça pra você?
quarta-feira, 25 de maio de 2011
DE GRAÇA
Postado por Beto Renzo às 01:22 4 comentários
segunda-feira, 9 de maio de 2011
AS LUAS DA MEIRA JUNIOR
Postado por Beto Renzo às 23:51 2 comentários
sexta-feira, 6 de maio de 2011
JOSEFA
Na grama que é feito um tapete
Ela leva suas crianças com cuidado
A tarde de sol e as noites de confete
A lua e nela o mundo todo pendurado
Na sala quando jaz o jantar estende
Ela tem na face os dias da enxada
E quem a desvenda não entende
A fundura dessa luz alienada
Quem sou eu então nesse conto que me acelera
Eu estava lá
E mesmo assim nunca estive a ponto de ver que ali estava dona tão rara
Quem seria eu sem a raspa desta estrela que me cuidava?
Me deu olhos pra ver além do breu
E disse:
Agora pegue o peito teu e me invente alguma palavra
Postado por Beto Renzo às 00:14 1 comentários
segunda-feira, 2 de maio de 2011
A VARANDA DAS ALMAS
Onde vai com teu cheiro de abandono?
Eu fico aqui
Tá tudo bem
Eu fico em ti pra ser tão triste como você é também...
Onde vai a vida com a gente por aí?
Onde vou eu pela rua se ainda nem saí?
Eu durmo em ti
Tá tudo bem
Eu te guardo daí de onde só as nossas almas se vêem...
Ali na varanda de luz
Onde os olhos falam e o peito traduz:
Desculpa, tá?
Desculpa tudo aquilo que eu nunca te falei
Postado por Beto Renzo às 00:47 1 comentários