quarta-feira, 25 de maio de 2011

DE GRAÇA

Deite teus olhos sobre a cidade
Da janela que te abre pra mim
Essa tua negada verdade
Essa ladainha que não tem mais fim

Quanto vale aquele papel?
Quanto vale o automóvel que vai?
O branco bordado de um véu
A solidão com gelo num hi-fi

O que sonha a alma e a gente não vê?
Quanto vale as bobas rimas que faço pra você?

Deite teus olhos sobre meu coração
Toda senhora em sua torre de cristal
Meu nome feito tua oração
Minha falta feito teu maior mal

Quanta foi aquele anel?
Quanto foi a lamborghini?
O mundo todo seu
O vazio e um dry martini

O que sonha a alma e a gente nem vê?
Quanto vale o pedaço meu que eu dou de graça pra você?

4 comentários:

Edilson Cravo disse...

MARAVILHOSOO. LINDA SEMANA. ABRAÇOS.

quem é Tati ? disse...

da janela que se abre, do olho que vê a mão que escreve doçuras, permito-me então degustar vagarosamente cada letrinha. bom! muito bom! sensível, poético.

Um devaneio disse...

Me permiti a saudade ... p/ ler suas linhas como a primeira vez.
#Encanto.[ e sincronicidade]
Luz.
Xêro.

Um devaneio disse...

Me permiti à saudade, p/ ter o prazer de lê-lo como se fosse a primeira vez.
#encantada.
Luz.
Xêro.