Quando não te cabes aí dentro
Latente do fermento do universo
O sal do mar na narina
O ar puxado com calma
O sol de uma manhã serena
Perdida nas páginas do livro destes olhos
Quando não te cabes aí dentro
É que te aprontam mesquinhos desaforos
Os dedos rijos mirando teu rosto
O discurso do velho... do mesmo
O que sabem eles dentro de seus aquários?
O que sabem eles do teu oceano de sentimentos?
Tuas saudades abissais
Tua insistência diante da rocha
Corações de pedra
Emoções de vento
Quando não te cabes aí dentro
É que te cospem as cobras todo o veneno
Então aí é que tens que ter tua calma
Tua ciência desse escancarado segredo
Teu ouvido para o sussurro do tempo
Força
Força é o teu pensamento
2 comentários:
Que lindo! Me identifiquei com cada paavra!!
O difícil é ter calma pra não partir pra grosseria com os donos dos dedos rijos e não cair na porrada com as cobras!
=D
É... manter a calma é realmente um exercício. :-)
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