Eu passeio por aí
De um telhado um ponto vão
De uma janela um estranho
De cima
Lá pra cima
Lá do alto de onde despenca cada alma
Um risco luminoso de vida
Eu nem te condeno por não saber o que sou
Quero livre o que levam de mim
Eu nem me explico
Dê-me um espaço no teu tempo
Dê-me isso que eu desconheço
Que te dou o meu coração
Eu passei por aí
Era o perdão na mão oposta
Era o carnaval aos olhos de uma criança
Era riso
Tão mais riso
Tão mais preciso que a tranca nas portas
Um dilúvio de alegria
Eu nem te condeno por não lembrar o que sou
Quero teu o que quiser de mim
Eu nem me explico
Dê-me tua insônia mais aflita
Dê-me uma saudade bonita
Que te dou uma oração
Eu sumirei por aí
Num balcão um nome antigo
Num lugar aquilo invisível
Antes disso
Bem antes daquilo
Antes dos móveis e dos vidros
Antes do concreto
Na grama que meus pés corriam
Quando o amor não me levava assim
Quando o amor ainda não era doido por mim
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
SÓ UMA CARTA
Postado por Beto Renzo às 22:42
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