quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

É TARDE

Não poste rosas sobre o meu peito
Não seja atenciosa
Não dê-me o teu lenço
Quero lembrar-me do vermelho nos meus olhos
Da gramática errada
Da vontade bagunçada que me esvaziou por dentro

Não me receba com um sorriso aberto
Não estique a conversa
Não espere por um depois
Vou abrigar-me na saudade dos meus amigos
No meu nome lembrado
Na história contada quando eu não estiver mais por perto

Pra que isso agora?
Esse vento foi a tua própria voz que soprou
A ressaca que castigou o meu coração
Lá atrás eu já te dei o meu perdão... e foi com amor

Pra que isso agora?
Minha alma já escapa
É tarde