Assim me escorre o que eu penso
Meus olhos vermelhos dessa febre
Meu torso rebatendo o vento
Feito a primeira madrugada às claras
Feito o gosto de vodka aos doze
Doce e sem culpa
Assim me escorre o que eu sinto
Minha voz numa estrada só de ida
Minha dor e alegria noutro tempo
Foi a reza de meu avô em silêncio
Foi a festa na qual me postei calado
Indócil e sem culpa
Quando enfim eu me reservo um pouco
Longe da mesmice madrasta
Disponho as rosas sob o teu ventre
Lua, oh Lua
Mãe da minha precisa loucura
Esse desajuste onde me acerto
Onde eu desperto do corriqueiro pesadelo pra ser o estranho
Pra ser só o Beto
Assim me perdoa o que eu penso
Meu adeus sempre todo sem jeito
Meu coração mergulhado aqui
Feito um submarino submergido no mundo
Feito isso que eu aceito
Meu desconforto sem culpa
Sem culpa depois de tantas
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
SEM CULPA DEPOIS DE TANTAS
Postado por Beto Renzo às 00:32
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