sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

LOGO ALI

Então logo ali
Quando o bairro dormia
Entre o sol e a folha de papel onde amarelava a poesia
Nínguem pra sorrir
O que eu então faria?
Enquanto o alfinete mordia os dedos que juravam ter sangue azul
Tudo transparente...
Nenhuma realeza
A cama
O travesseiro
O sono feito o gosto da cachaça fria

Então logo ali
Quando a cidade fingia
e ninguém sabia que o perdão daquele bêbado era escrever
Eu vi você em branco e preto
O que eu então queria?
Quando na esquina do meu pensamento a curva eram os teus olhos
Tudo distante e frio
Nenhuma paz
A cama
O travesseiro
O som do cheiro que o teu santo nunca foi te contar

Então logo ali
Tanto calor e nem choveu
Diz com que olhos eu vou te esquecer
Diz com que olhos eu vou te receber antes do final

Nenhum comentário: