segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

FESTA NO CEMITÉRIO

E assim
Meu corpo em pé
Rígido no meio desta ruidosa sala
Essa gente morta que pensa estar vivendo
O coração se jogando no abismo
Todo dia
Na hora certa
Com cinco minutos de perdão para qualquer atraso

E assim
Meu olhar aqui
Disperso nos olhos deles
Esperando que um dia acordem da pane
O pesadelo cheiroso e sereno
No talão
No shopping
Enquanto pagam a alma com seus cartões de crédito

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