Qualquer dia um pedaço de riso
Um sopro de alívio logo após a placa de aviso
Qualquer dia um espasmo num livro
Um comprimido pra sorrir na canção que eu lavro
Qualquer dia um centavo esquecido
Um abraço guardado no armário e o seu juízo ácido
Qualquer dia eu lhe digo o que o seu peito já sabe
Qualquer hora eu minto menos do que eu preciso neste lugar
Qualquer dia um sonho lotado
Um vapor que vai subindo de um copo cansado
Qualquer dia um olá sem convite
Uma parede tatuada com meu nome em grafite
Qualquer dia um sereno abandono
Um cobertor onde a manhã esquece de seu dono
Qualquer dia eu lhe digo o que o seu peito já sabe
Qualquer hora eu minto menos do que eu preciso neste lugar
Qualquer dia eu nos teus olhos
Um pouco da chuva passada pendurada nuns galhos
Qualquer dia a gente podia
O pulmão do vento bombeando o que já não doía
Qualquer dia quem diria
No final de dezembro alguém nos sorria
Qualquer dia eu penso se pra isso tem jeito
Qualquer dia eu penso se pra gente tem jeito
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
QUALQUER DIA
Postado por Beto Renzo às 18:55
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