A bola malhada beijando o asfalto
O azul imperioso despencando do alto
Sobre as cabeças da molecada
Onde a ganância era a aterrissagem forçada
No dorso de um desconhecido planeta
Vão correndo
Tomando o mundo como se fosse sua caça
Bandeirantes dos gramados da praça
Os fantasmas sem lugar pra dormir
A vizinhança cansada de ouvir
As revoluções na escadaria da igreja
Vão correndo
Descamisados
Desolados de tanta alegria
Achando que a vida era sempre um único dia
Que jamais se acaba
Vão correndo
Deslumbrados
Desinfetados de toda apatia
Sem saber que escondido na esquina
O tempo já lhes traía
Mas só amanhã...
Mas só amanhã...
Um comentário:
Cada poema teu te relata,escreves como ninguém e deixa neles impresso tua alma.
Parabéns!
Postar um comentário