quinta-feira, 7 de abril de 2011

EM RESPOSTA

Ora, tenha dó
Tua conversa é uma náusea sem ao menos a bebedeira da noite anterior
Tua fé nessas coisas é tão real como ervilhas no rótulo de uma lata

Faça isso por favor
Fale mal de mim
Diga que eu sou todo errado
Um fantasma assim
Que vive desocupado das tuas quinquilharias

Pequena mulher
É tenro o gosto do meu tempo
Minha vida
Minha catedral
Fecha o teu rosto feito que não topo
Essa apatia tão normal

Vê meus defeitos e se achas tão melhor
Vejo os teus e me sinto teu irmão
Teu homem feito de sim e de não

Domo-te o corpo
Os braços agudos
As ancas aflitas

Domo-te os olhos
As batidas do teu hoje desvendado coração
Preso e torto em ti
Louco e livre em mim

Não importa a distância
Não importa o tempo
Qualquer veneno desse teu bobo cotidiano

Eu existo em você
Para além de você

3 comentários:

Edilson Cravo disse...

Amém. Abraços querido.

AMADORA DAS ESCRITAS disse...

Tuas escritas têm alma...
Têm tudo de ti...
São marcantes...
Têm persona!
Sensacional!

Tais Luso de Carvalho disse...

Olá, Beto... lendo estes teus poemas fortes, expressivos e lindos, diria que o sangue de poeta está na família...

Parabéns, li vários deles e adorei. Estou lhe seguindo, embpra você não colocou seguidores em seu blog.

Grande abraço.Voltarei.
Tais Luso