quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SÓ UM TOMBO (?)

Da minha janela eu vejo você
Meu olho vai aonde você não quer
Furo tuas brumas
Ando tuas ruas
Vejo tua lua nascer e morrer

Picho teu muros
Bebo em teus bares
Habito os motéis da tua saudade

Da minha janela eu vejo você
Teu peito é o livro que eu gosto de ler
Rasuro tuas frases
Arranco tuas folhas
Conto tua história

Beto, cala a boca

E desse jeito, meu bem
Quem de nós é assim tão liberto de tudo?
Quem de nós foi capaz te tocar fogo no mundo que a gente viveu?

Você foi por aí mas nem esqueceu
Dos tombos da tua vida
O melhor fui eu

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