terça-feira, 12 de março de 2013

Ressaca

Quando então eu jaz naúfrago de mim
Juravam o tempo, o mar, o sal e o iodo...
Todos
Que meu coração dormia enferrujado
Esquecido no lodo
Um fantasma abissal
O espectro afinal do meu riso agora alvejado

Só que escapam dos olhos opacos
O movimento da minha alma
A dança onde a minha desobediência me salva de ser fácil
De ser nulo

Tolos
Não há pra eles em minha alma mais espaço
Nem há nada meu que eles tenham realmente roubado
Eu vou ainda
Eu vou
Acima dessa ressaca enfeitada

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