terça-feira, 18 de dezembro de 2007

39.6

Fui até lá sem saber que já era hora
De solver o granizo educado que matava a minha rosa
E tardaram teus abusados conselhos
Vi-me livre
Isso que você em mim não suporta

Dois lotados
E duas quadras
Minha roupa atirada pra fora

No túnel uns parados
Fique sempre assim que vou embora

Fui até você pra dizer que já estava fora
Do enredo da vidinha besta que se banca em tuas velhas
E foi quando troquei de espelho
Viu-me livre
O teu veneno que sorria per centos

Das estrelas do meu quarto
Aquela que não cabe lá fora
Das cores de esmalte
Essa que eu esqueço qualquer hora

No túnel uns parados
Sempre assim e vou embora

Nem saberia tão indiferente
Do presente deste Julho

Essa febre que me ausenta do lodo inoxidável
Esses tantos trinta e nove

E agora?

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