Sei
Foi-se enfim
Tanto nada esbanjado em oito horas
Tanto nada nessa história de vender-me aqui
Sei
Eis me assim
Todo morto embotado de chorar o sol
Todo morto desconfortável neste terno azul
Diz-me o que há de alegria nos teus dias
Em teus papéis?
Em tua ausência para com aquela?
Finda tua janela de maravilhas que acabou a tinta
Diz-me qualquer uma das tuas mentiras
Hoje eu deixo a mesa
A cadeira
A caneca de café com uma gravura esquisita
Sou o que nasce em mim quando acordo
Que envelhece quando ando
E que morre feliz quando eu vou dormir
Sou ateu do teu culto de não saber de mim
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
MERCADO
Postado por Beto Renzo às 13:14
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