segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

MERCADO

Sei
Foi-se enfim
Tanto nada esbanjado em oito horas
Tanto nada nessa história de vender-me aqui

Sei
Eis me assim
Todo morto embotado de chorar o sol
Todo morto desconfortável neste terno azul

Diz-me o que há de alegria nos teus dias
Em teus papéis?
Em tua ausência para com aquela?
Finda tua janela de maravilhas que acabou a tinta

Diz-me qualquer uma das tuas mentiras
Hoje eu deixo a mesa
A cadeira
A caneca de café com uma gravura esquisita

Sou o que nasce em mim quando acordo
Que envelhece quando ando
E que morre feliz quando eu vou dormir
Sou ateu do teu culto de não saber de mim

Nenhum comentário: