segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

JESUS E O PÉ DE FEIJÃO

Escapo no vão
Entre tua pressa exacerbada
E a topologia da tua face
Entre tua política avacalhada
E os teus miseráveis
E mais
Hoje não, tá?

Tua fala
Apertada
Trincada da glória besta
Cuspida em azul de tela plana
Nas folhas curtas de idéia da tua revista
No teu vendido jornal

Não se sinta em casa nesse sagrado chão
Não se ache popular
Nem tão pouco diretor da razão
Nunca deixei você morar no meu coração
Nunca ferrei o outro pra tornar-me teu irmão

Escapo no vão
Entre tua clara corrupção
E teu futebol meia boca
Entre tua passarela abobalhada
E a calçada do cidadão
E mais
Hoje não, tá?

Tua cara
Esticada
Truculenta de botox da estação
Sempre espantada
Rindo ou chorando
Sempre espantada

Nunca do teu tudo ou nada
Do teu amanheceu e corra
Do teu traia ou morra
Do teu milhão ou lixo
Do teu ou derrota ou isso
Disso
Disso tudo que te faz assim tão pequenino e triste

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