quarta-feira, 6 de julho de 2011

ESPIADA

As bobagens despencam do céu
E a noite já nem mais é tua
Teu coração despido do véu
Tua feiura toda nua

Esfarelam sem apresso algum
As razões que você usou
Chovem sobre esse morto quintal
Onde eu arranco as pedras que aquela dor plantou

Que pena o medo teu
Que pena
Fiz uma novena e você nem notou
Levei teu coração pelo mundo
E só hoje você se tocou

Que pena
A verdade é o fundo do espelho que evitas exasperada
Um dia desses você há de dar uma espiada

2 comentários:

Monstrinha disse...

Esse poema tem imagens tão fortes que parecem até fotografias!
É uma verdade triste, mas por mais que uma das partes se esforce, a distancia entre duas pessoas só pode ser vencida se as duas estiverem dispostas a caminhar na mesma direção.
O medo pode afastar, mas outros fatores também... é complicado. E frustrante, às vezes!

Beto Renzo disse...

Frustração... tenho colocado essa palavra pra dormir nos últimos meses.