sábado, 9 de julho de 2011

MINHA MENINA DE CICUTA

Tem medo não que eu prometo não saber
Prometo não dizer uma verdade
Não tentar desvendar a idade do beijo que a gente libertou

Tem medo não que eu juro não contar
Juro não sonhar o que penso acordado
Não mostrar-me cativado com a língua que teus olhos falam

Na Santo Amaro os botecos bocejavam
As luzes se apagavam e eu nem era mais uma criatura humana
Era um monstro que enterrava os dentes nas tuas ideias
Devorava a tua respiração

Tem medo não que eu prometo não sorrir
Prometo pensar
Negar e negar
E negar
E botar minha vontade sacana pra dormir

Onde eu existia enquanto você sonhava?
Onde foi parar o mundo enquanto a gente se pegava?

4 comentários:

rico disse...

Massa!

rico disse...

MASSA!

Anônimo disse...

como assim?? fiquei com ciúmes...rs

Anônimo disse...

ah bruta flor do querer... :o)