quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ATÉ LÁ, ATÉ NÓS

Vê lá que agora a luz colocou o pijama
No escuro da tua casa o meu fantasma
Chove o que era o meu corpo no teu lençol
Ferve a minha voz dentro de você feito anzol
Fisga o sereno da rua
E derrama bobagens da minha boca na nuca tua

Você me rabisca com cor de mágoa
Guarda pedras nos bolsos da tua calça
Quando será que vou passar pela sua rua?

Você afoga meu gosto num café
Queima meus beijos dentro de você
Quando será que vou adoçar a tua amargura?

Quantos quilômetros dentro do peito a gente guarda?
Quantos anos passam numa única madrugada?

Vamos ver isso depois
Até lá, Até mais
Até lá, Até nós

Nenhum comentário: