sábado, 12 de novembro de 2011
QUANTO
Eu hoje quase quis perguntar
Você diluída no mundo
Eu nem sei onde te imaginar
Morro teimoso
É meu defeito achar direito meu coração nunca te enterrar
Voo sem jeito
Desengonçado
Sempre bem quieto
Vou te esquecendo de leve e com cuidado
Vou te esquecendo sem pressa
Teu corpo é só um retrato
Teu corpo é só um retrato
Quanto tempo
Eu hoje fui me tocar
Você pulverizada no mundo
Em que universo você foi morar?
Acordo teimoso
É meu consolo inventar um nome pro filho que eu ia te dar
Caio sem jeito
Espatifado
Sempre bem quieto
Vou te esquecendo de leve e com cuidado
Hoje já é tarde
Meu sono é zoado
Meu sono é zoado
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011
POETAS NÃO VALEM NADA
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011
ACABO
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domingo, 30 de outubro de 2011
CAL
Nem se arruma num sofá
Nem esconde o corpo dentro da roupa
Nem almoça e nem sente fome
Nem mente
Nem sangra ou solta uma gargalhada
Nem dança
Nem machuca
Nem trepa e nem separa
Nem chora
Nem nada
Nem engana isso que existe antes de tudo aqui ter um nome
Eu, antes afogado de tudo
Desafogo qualquer mágoa estando agora guardado dentro de mim
E nessa monção fresca que lambe a cidade
Onde assentam seus barulhos depois da chuva
Voam comigo meus mais sinceros absurdos
A cal da casa da esquina que nunca foi terminada
A paz de não saber de nada
O trem feito uma linha no horizonte que às duas me chamava
Passava, passava
Eu tinha a escola na manhã seguinte
Tinha que desaprender da gente que sou
Que nasci
E que me culpam por eu ser
Humano e errado
Vergonhosamente feliz e livre
Desorientado num coração sempre com fome de tudo
Daqui e dali
E de você... Sempre.
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011
NO PONTO
Não te concedo meu tempo pra que diga tuas bobagens
Não permito que encha os meus ouvidos com as tuas ladainhas
Ali, bem na vila da minha alma
Teu caráter obscuro se derrete no sol das minhas tardes
Teu sotaque chique se enrola na canção do meu sorriso
Onde minha boca percebe tantas outras mais doces que a tua
Moleca burra.
Não, não é fácil assim
Não te arrasto pelo tempo como um fantasma medonho
Não cultivo o descaso que você ministrou no meu peito faminto
É tarde
É domingo
E no ponto como eu gosto
Um café enquanto eu vigio a cidade
Um café sem nenhuma pitada da tua saudade
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011
SÓ UM TOMBO (?)
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ABANDONO (SIM)
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domingo, 16 de outubro de 2011
ANTES DA HORA
Você nem faz ideia
Você nem fez questão de olhar pra baixo quando jogou no lixo o meu coração
Queria tanto
A rua secando depois de uma chuva leve
Batucada
Chinelo na mão
O tamanho exato de uma pequena multidão sonhando o dia inteiro
Queria tanto
Como se fosse o meu fevereiro
Como se fosse o meu fevereiro
Queria tanto
Você nem tem noção
Você nem teve mão pra segurar minha alma quando ela se perdia leve
Queria tanto
A marcha alegre que juízo algum constrange
Fantasia
Rabo de Galo
O sorriso exato pra que se lembre de mim o ano inteiro
Como o meu sorriso de fevereiro
Como o meu sorriso de fevereiro
Tanta canção
Tanta história
Já foi embora
Soltaste minha mão antes da hora
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011
COISA ALGUMA
Como a criança antes da escola
Como o boêmio depois da noitada
Como a praia depois da ressaca
Como o pai depois do velório
Como o solitário frente a multidão
Acorda
Como a pólvora após a fagulha
Como a saudade frente a lua
Como a cachaça na manhã seguinte
Como uma revolução numa cidade fantasma
Como um fantasma sem cidade alguma
Nunca mais?
Quando começa o refrão da tua preferida canção
Quando você tem que ficar mais um tempo
Recolhido dentro do seu coração
Atravessa
Como o carro que buzina no túnel
Como o pedestre na contra-mão
Como o pandeiro fora do tempo
Como o silêncio num aniversário
Como o adeus antes do olá
Como a nudez atrás de uma porta
Como a porta que não protege coisa alguma
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terça-feira, 11 de outubro de 2011
PRA VOCÊ
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segunda-feira, 3 de outubro de 2011
SONHO LÚCIDO
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sábado, 1 de outubro de 2011
SUMI
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terça-feira, 27 de setembro de 2011
ORFANATO
Pra onde vai você agora que eu já beijei a tua lona?
Já me despi de toda essa zona que a tua escola me cobrou
Já me perdi da mão gelada e dura que esse tempo só me apertou
Sabe o que eu sou
Sabe onde eu estou
E onde eu não estou é o que mais te incomoda
Eu não giro em tua roda de moer corações
Eu sou assim, o vagabundo que o teu mundo não devorou
Pra onde vai você agora que eu já parti do teu juízo
Já me vali de toda a santa tempestade que me molhou
Já me vi intacto feito que o meu pranto sempre rolou sem culpa
Desculpa minha alegria
Desculpa, eu sou enfim
Uma criança mal educada no teu orfanato chinfrim
Uma criança que zomba do teu venenoso jardim
Eu brinco em frente aos teus monstros
Eu danço a minha lama
Se acalma e não me chama
Eu perdoo a tua falta de asas
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011
TANTO ASSIM
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terça-feira, 13 de setembro de 2011
SEM PACIÊNCIA
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011
COMO FICA?
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011
NOS SEGUNDOS
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011
VOLTE SEMPRE
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domingo, 28 de agosto de 2011
BALADA DE UM SONO TORTO
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terça-feira, 23 de agosto de 2011
A ROSA QUE NÃO DEU SAMBA
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QUEM?
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011
MENINA DE FEVEREIRO
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quarta-feira, 10 de agosto de 2011
SEMPRE VOCÊ
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terça-feira, 9 de agosto de 2011
ANTIGO CORAÇÃO
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011
PACIÊNCIA 2011
Longe da fumaça dos carros pela manhã
Longe das besteiras ditas à mesa do café
Pois é
Dizia ser vã a minha vontade de perder o chão
A minha doença de fazer luz da tua escura solidão
Sabes tudo dessas coisinhas com tempo finito
Sabes tudo de coisa alguma
Onde mal se arruma dentro da roupa de fingir-se inteiro
Vejo bem o boeiro da tua alma
O canteiro das tuas rosas murchas
Os teus pedaços que escorrem do teu juízo
Não podes me alcançar
Não podes tocar-me no ponto onde eu existo
Paciência!
Um dia desses ainda te faço um carinho
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segunda-feira, 18 de julho de 2011
PASSOU
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quarta-feira, 13 de julho de 2011
A CASA
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terça-feira, 12 de julho de 2011
TROCA
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sábado, 9 de julho de 2011
MINHA MENINA DE CICUTA
Prometo não dizer uma verdade
Não tentar desvendar a idade do beijo que a gente libertou
Tem medo não que eu juro não contar
Juro não sonhar o que penso acordado
Não mostrar-me cativado com a língua que teus olhos falam
Na Santo Amaro os botecos bocejavam
As luzes se apagavam e eu nem era mais uma criatura humana
Era um monstro que enterrava os dentes nas tuas ideias
Devorava a tua respiração
Tem medo não que eu prometo não sorrir
Prometo pensar
Negar e negar
E negar
E botar minha vontade sacana pra dormir
Onde eu existia enquanto você sonhava?
Onde foi parar o mundo enquanto a gente se pegava?
Postado por Beto Renzo às 19:27 4 comentários